Provendo para a família da fé em tempos de crise

26 September 2024

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Desastres não fazem discriminação. Quando as águas das enchentes sobem, ocorre um terremoto ou a escassez de alimentos leva as pessoas à beira da fome, pessoas de todas e de nenhuma religião são afetadas.

 

“Nós, Cristãos, somos considerados sem importância,” disse esta mulher em Bangladesh ao nosso parceiro de projeto

Por que então o Ajuda Barnabas se concentra em socorrer os Cristãos vítimas de desastres naturais e crises humanitárias?

É porque as vítimas de catástrofes nem sempre são tratadas de forma igual. Membros de minorias étnicas e religiosas podem ser os últimos a receber ajuda emergencial. Aqueles que são considerados de fora – os “outros” – estão por vezes no final da fila quando se trata de receber ajuda.

Sabemos que a Bíblia ensina que temos um dever especial de cuidado para com os nossos irmãos e irmãs Cristãos. “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé” (Gálatas 6.10).

Este dever de cuidado tem um significado particular em contextos onde os Cristãos são uma minoria marginalizada ou desprezada.

Cristãos excluídos do auxílio emergencial

Mais de cinco milhões de pessoas foram vítimas de terríveis inundações repentinas em Bangladesh. Centenas de milhares foram deslocados de suas casas.

“Nós, Cristãos, somos considerados sem importância,” disse uma mulher a um parceiro de projeto do Ajuda Barnabas. Ela não esperava receber ajuda de nenhum outro lugar.

Os Cristãos representam menos de 1% da população de Bangladesh. Eles – e outras minorias religiosas – frequentemente são dicriminados e geralmente estão entre os mais pobres.

As inundações no Estado de Borno, na Nigéria, após o rompimento de uma barragem, afetaram cerca de um milhão de pessoas no início deste mês. Entre eles estão milhares de Cristãos. Muitos deste já tinham sido forçados a fugir de suas casas por terroristas Islâmicos.  

Nosso parceiro de projeto nos disse que, quando se trata de ajuda emergencial, "as comunidades Cristãs não receberam nada. A experiência passada nos mostrou que esta ajuda nunca chegará até nós.”

Cristãos perseguidos no Myanmar

Um dos exemplos mais flagrantes de exclusão de Cristãos da ajuda emergencial surgiu no Myanmar, há pouco mais de dois anos.

A Associação da Nações do Sudeste Asiático (ASEAN da sigla em Inglês) anunciou que iria trabalhar com o governo do Myanmar para prestar ajuda às pessoas que sofreram com a catástrofe humanitária devido, naquele momento, a cerca de 18 meses de guerra civil.

No entanto, a população do Estado Chin, de maioria Cristã, foi excluída da distribuição pelo governo militar do Myanmar. “É como se o povo do Estado Chin – as pessoas mais vulneráveis – tivesse tido seus direitos ignorados,” disse o presidente do Conselho Consultivo Nacional Provisório de Chin.

O Ajuda Barnabas forneceu arroz, grão de bico e óleo de cozinha a 350 famílias em uma região de maioria Cristã do Myanmar entre junho e setembro de 2024

O exemplo do Estado Chin é instrutivo, porque mesmo antes do golpe militar de fevereiro de 2021 e da guerra civil que se seguiu, era uma das áreas menos desenvolvidas e mais desfavorecidas do país.

Os Cristão em lugares como o Myanmar, Bangladesh entre outros são, muitas vezes os mais pobres, os mais necessitados, mesmo antes de serem excluídos da distribuição de ajuda. 

Dependendo de Deus: fé em tempos de crise

A nossa irmã em Bangladesh – que falou que os Cristão são "sem importância” – acrescenta, "Só podemos depender de Deus em nossa crise.”

Os crentes em contextos de marginalização e perseguição são levados a depender mais plenamente do Senhor do que talvez aqueles de nós que vivem em terras de relativa paz e abundância.

Devemos também nos lembrar que Deus trabalha através da Sua Igreja – Seu povo.

Temos a responsabilidade de prover com os recursos que o Senhor nos alocou. Temos a responsabilidade de garantir que a expectativa fiel da nossa família Cristã não seja em vão.

Por esta razão, o Ajuda Barnabas continua a missão de sustentar "a família da fé" em tempos de crise e desastres.  

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