“M uito obrigado por nos ajudar, por ajudar a salvar minha família!”, exclamou Sayed, um Cristão Afegão convertido do Islã, para o Ajuda Barnabas ao chegar com sua esposa e três filhos em um país Cristão seguro, o Brasil.
Eles estão entre as 16 famílias Cristãs (64 pessoas) que fugiram da provável morte nas mãos do governo Islâmico Talibã em sua terra natal.
Evangelho estudado em segredo online
Eles foram levados de avião pelo Barnabas para começar uma nova vida no Brasil, onde podem adorar livremente.
No Afeganistão, de maioria Muçulmana, Sayed conheceu o Evangelho em segredo pela internet e ouviu os sermões dos pastores. Ele conheceu nosso Salvador Jesus Cristo e compartilhou seu amor pelo Senhor com sua esposa, duas filhas e um filho.
No entanto, eles não ousaram compartilhar com a família ou com os amigos que haviam se tornado Cristãos, para evitar que o Talibã tomasse conhecimento de sua fé.
O Talibã governa de acordo com a sharia (lei Islâmica), que exige a morte para os apóstatas do Islã. Ao assumir o controle do país em 2021, o Talibã proclamou que os Cristãos devem se reconverter ao Islã, deixar o país ou serem mortos.
Sem olhar para trás
Sayed, sua esposa e filhos deixaram tudo para trás por amor ao Bom Pastor.
Perguntado sobre os bens e propriedades dos quais abriram mão, Sayed cita Lucas 9.62: “Jesus respondeu: ‘Ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus.’”
A família chegou ao Brasil no final de março de 2023 e já se adaptou bem ao seu novo lar e igreja.
Uma irmã da igreja descreve Sayed como tendo um “impressionante conhecimento e amor pela Palavra
de Deus”.
Ela disse que a família, principalmente as crianças, tem muita vontade de aprender Português e rapidamente aprenderam várias palavras e frases.
“Desde os primeiros cultos [de adoração] que participaram, eles já se esforçavam para cantar em louvor a Deus, mesmo com tão pouco conhecimento da língua”, disse a membro da igreja.
“Glória a Deus pela vida da família e por tudo o que Ele tem feito em nosso meio através deles.”
Família reunida no Brasil
Um homem que tinha mais motivos do que a maioria para recepcionar a chegada das 16 famílias no Brasil era Samim, um Cristão convertido de Cabul.
Ele estava no primeiro grupo de dez famílias Cristãs Afegãs (54 pessoas) reassentadas pelo Barnabas no Brasil em junho de 2022, e estava esperando ansiosamente no aeroporto de São Paulo em março deste ano pela chegada de sua mãe, pai e dois irmãos.
“Agora que eles estão aqui, podemos orar em liberdade e louvar o nome do Senhor”
Samim os viu pela última vez na época em que o Talibã assumiu o poder e ele fugiu do Afeganistão atravessando para um país vizinho (Ajuda Barnabas Novembro/Dezembro 2022, p.6).
Depois que Samim escapou do Afeganistão, ele contou à família que havia se tornado Cristão e aproveitou todas as oportunidades para falar do amor de Cristo. Seus pais e irmãos também passaram a ter fé em Cristo.
Samim se alegra por ter reencontrado sua família no Brasil. “Agora que eles estão aqui, podemos orar em liberdade e louvar o nome do Senhor”, diz ele.
“Estamos muito felizes e agradecidos por tudo o que Deus fez por nós por meio do Ajuda Barnabas.”
Todas as famílias Cristãs recém-chegadas foram adotadas por igrejas no Brasil e as congregações - com algum apoio financeiro do Barnabas - estão provendo a elas moradia, alimentação, aulas de Português e cuidado pastoral.
O chefe de operações do Barnabas no Brasil diz que o primeiro grupo de famílias que chegou em junho de
2022 está bem instalado e aproveitando a vida no país.
“O Português deles está melhorando a cada dia, alguns deles já têm emprego e estão conseguindo começar a sustentar suas famílias”, acrescenta.
Referência do projeto: 01-901 (Cristãos Afegãos necessitados e perseguidos)
A devoção dos recém-chegados inspira outros Cristãos
A fé e a gratidão dos Cristãos Afegãos têm sido uma inspiração para os Cristãos no Brasil, de acordo com o líder de uma das igrejas que adotou os recém-chegados.
“Aprendemos muito com eles – mais do que ensinamos, na verdade”, disse ele.
“Eles vivem a vida da Igreja com reverência e zelo. São gratos a Deus por tudo, desde a saída de casa até a ida ao mercado e a chegada ao mercado.”
“Eles vivem uma vida de devoção que não é forçada ou aprendida em um seminário. Isso foi o que mais impactou minha vida.”
“Perguntas como: “Se não há perseguição aqui, por que não adoramos a Deus por quatro ou cinco horas? - Duas horas não são suficientes!” - ou “Já que é permitido, por que não fazemos cultos todos os dias?’
“Fomos muito abençoados com a vinda dessa família. Perdi a conta de quantas vezes chorei ao sair da casa deles. Deus é maravilhoso.”