C om a proximidade do Natal, nossos pensamentos começam a se voltar para Belém, a “cidadezinha” onde o Deus Todo-Poderoso e eterno escolheu nascer.
Mas tu, Belém-Efrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos. (Miquéias 5.2)
O Senhor, em Sua sabedoria e presciência, nos deu essa profecia, que se cumpriu porque Maria, que morava a quatro dias de viagem, em Nazaré, teve de viajar com José para Belém, a cidade de seus antepassados, conforme exigido por um censo Romano (Lucas 2.1-6).
O significado Hebraico da palavra “Belém” é geralmente dado como “Casa do Pão”. Portanto, foi na terrena Casa do Pão que o Pão Vivo desceu do céu (João 6.51).
Belém também era chamada de Efrata, que significa “Frutífera”. Jesus descreveu a si mesmo como a videira verdadeira e nós, Seus seguidores, como seus ramos frutíferos. Como qualquer pessoa que tenha cultivado uma videira sabe, a poda regular é necessária para obter uma boa colheita. Jesus nos diz que nosso Pai celestial, o jardineiro, poda todos os ramos frutíferos “para que dê mais fruto” (João 15.1-4).
Belém é mencionada muitas outras vezes na Bíblia, bem como em relação ao nascimento de Jesus, nosso Salvador. O livro de Rute começa nos contando que houve uma fome na terra ao redor de Belém - não havia pão na Casa do Pão. Isso fez com que Noemi e sua família fugissem para Moabe como refugiados econômicos (Rute 1.1-2). Humanamente falando, foi por causa dessa fome que uma mulher Moabita corajosa, amorosa e leal, Rute, tornou-se ancestral do Senhor Jesus.
Quando todas as mulheres da família ficaram viúvas, Noemi “havia ouvido na terra de Moabe como o SENHOR havia visitado o seu povo, dando-lhes pão” (Rute 1.6 BKJ), então decidiu voltar para Belém. Foi quando Rute, sua nora, agarrou-se a Noemi declarando: “o teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus” (Rute 1.16). O lar original de Noemi, Belém, tornou-se o lar de Rute.
Em pouco tempo, Rute estava casada com Boaz, um respeitado cidadão de Belém. Deles descendem não apenas o Rei Davi, mas também o Rei dos reis (Rute 4.13-22; Mateus 1.5,16).
Muitos de nós estão agora começando a fazer os preparativos para comemorar o aniversário desse Rei menino. As iguarias tradicionais para comer no Natal geralmente incluem tipos especiais de pães. Na Alemanha, há o stollen, recheado com frutas secas e marzipã. Na Itália, o panetone fofo. Na Grécia, o pão de Natal, aromatizado com especiarias específicas, é decorado com uma cruz ou a letra Grega Χ (chi) como a inicial de Cristo ou para nos lembrar de Sua morte expiatória.
Pois o pão da vida, nosso Senhor Jesus Cristo, deu a si mesmo para tirar nossos pecados. Nós nos banqueteamos com Ele ao celebrarmos a ceia do Senhor. Se o bebê na manjedoura não tivesse crescido para morrer na cruz e ressuscitar, o Natal não teria significado. Ele nos diz:
Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. (João 6.51)
Jesus também falou sobre o maná do céu com o qual Deus alimentou Seu povo no deserto (Êxodo 16; João 6.30-33,48-58). Ele é o nosso maná vivo do qual nos alimentamos, o único que pode nos satisfazer e atender a todas as nossas necessidades. Há uma linda canção que diz:
Maná escondido do alto,
Enviado a nós com o amor do Pai.
Estou com fome. Pai, alimenta-me
Da boca de tua pomba .
Enviado a nós com o amor do Pai.
Estou com fome. Pai, alimenta-me
Da boca de tua pomba .
Neste Natal, ao chegarmos a Belém, alimentemo-nos do Pão Vivo o único que pode nos satisfazer.