A polícia do Paquistão prendeu uma mulher Cristã vulnerável por suposta "blasfêmia" contra Maomé, o profeta do Islã, após uma acusação feita por um comerciante em Lahore, província de Punjab, no dia 4 de junho.
Jamila Jacob, que tem problemas de saúde mental, foi acusada de acordo com a seção 295-C do Código Penal do Paquistão, que prevê, obrigatoriamente, a pena de morte.
O comerciante Asif Ali apresentou a primeira denúncia contra Jamila na delegacia de polícia de Cantonment Norte, alegando que ela fez comentários depreciativos contra o Islã depois de ficar insatisfeita com uma marca de xampu à venda.
Testemunhas oculares e vizinhos, no entanto, afirmaram que o desentendimento foi pequeno e não envolveu nenhum comentário "blasfemo".
Jamila foi presa em sua casa depois que uma multidão se reuniu e exigiu que a polícia tomasse providências contra ela.
A última alegação de "blasfêmia" aumentou a ansiedade entre a comunidade Cristã. Pois ela ocorre após a violência da multidão em Sargodha, também em Punjab, no dia 25 de maio, que levou à morte de um crente idoso devido a alegações infundadas de que páginas do Alcorão haviam sido profanadas.
Frequentemente as leis de "blasfêmia" do Paquistão são usadas para fazer acusações falsas a fim de resolver rancores pessoais. Os Cristãos são especialmente vulneráveis, pois a simples declaração de suas crenças pode ser interpretada como "blasfêmia" e os tribunais inferiores geralmente favorecem o testemunho de Muçulmanos, de acordo com a sharia (lei Islâmica).
Peça ao Senhor que se aproxime de Jamila e lhe dê força e conforto enquanto estiver sob custódia. Ore para que a justiça prevaleça e para que as autoridades percebam que as alegações contra Jamila são infundadas.