Três homens Cristãos ficaram gravemente feridos em um ataque a faca no Alto Egito no dia 5 de novembro.
Amir Narouz Jaber, seu irmão Abanoub Narouz Jaber e Hanna (John) Magdi Malak Shehata foram atacados por um grupo de homens Muçulmanos armados com facas e machetes (facões) na vila de Ashrouba, na província de Minya.
Esse incidente segue um padrão de tensões crescentes entre as comunidades Cristã e Muçulmana no vilarejo, que vêm se agravando há anos.
Um edifício de igreja no Alto Egito
Abanoub sofreu ferimentos graves, inclusive um corte na mão direita que danificou artérias e ossos, além de uma facada no ombro e na perna. Especialistas em cirurgia ortopédica e vascular foram chamados devido à gravidade do ferimento na mão.
Amir sofreu um corte grave semelhante em sua mão, enquanto Hanna sofreu ferimentos no rosto e precisou de 10 pontos para tratamento.
A polícia prendeu vários dos agressores e as investigações estão em andamento. As autoridades também aumentaram as medidas de segurança no vilarejo para evitar mais incidentes.
A violência aumentou quando, apenas alguns dias antes, dois outros Cristãos foram atacados. Após o ataque inicial, as vítimas procuraram ajuda em uma farmácia próxima, mas os agressores as seguiram e continuaram o ataque.
Tensões de longo prazo
A comunidade Cristã do vilarejo expressou preocupação com a segurança de seus filhos, especialmente porque todos os estudantes Cristãos da comunidade frequentam escolas localizadas longe de suas casas, na parte do vilarejo de maioria Muçulmana.
O vilarejo é dividido em duas partes, com a população Cristã residindo em uma das áreas, o que tem gerado tensões e violência ocasional.
Em conversas anteriores, os Cristãos solicitaram que a infraestrutura básica, como uma padaria e uma escola, fosse estabelecida em sua região do vilarejo para reduzir o atrito com a população Muçulmana. No entanto, essas propostas nunca foram implementadas, e as tensões continuaram.
Os Cristãos descreveram a necessidade de soluções de longo prazo que vão além das simples medidas de segurança, pedindo o diálogo social, atividades conjuntas e a promoção da tolerância e da compreensão. Eles também enfatizam a necessidade de que a lei seja aplicada com firmeza, com responsabilização dos perpetradores, em vez de depender de sessões informais de reconciliação que, muitas vezes, pressionam o lado Cristão a aceitar compromissos sem justiça.
Ore pela cura das três vítimas, por força e conforto para suas famílias e pela proteção dos Cristãos em uma região onde esse tipo de violência é muito comum. Peça ao Senhor que ponha fim aos ciclos de violência e ódio que perpetuam esses ataques.
