"Estou muito grata a todos os que nos ajudaram a ter este programa", disse Anne, de 16 anos. Ela esta entre as 300 crianças e jovens Cristãos deslocados pela revolta jihadista que assola o Burkina Faso e que se beneficiaram da frequência de uma escola Cristã emergencial parcialmente financiada pelo Barnabas.
As aulas ministradas por professores Cristãos, todos os dias da semana, com base em um currículo reduzido, permitiram que as crianças recuperassem o atraso na aprendizagem em um ambiente seguro.
Os jovens malnutridos também recebem um almoço nutritivo todos os dias de escola e apoio espiritual nas aulas bíblicas. Foram abertas sessões de jogos ao ar livre para que mais 400 crianças Cristãs deslocadas pudessem desfrutar.
A educação tem sido gravemente afetada pela campanha de violência dos militantes Islâmicos - em grande parte dirigida contra os Cristãos - que resultou no encerramento de mais de 6.000 escolas em todo o Burkina Faso e forçou mais de dois milhões de pessoas a fugir de suas casas.
Algumas crianças Cristãs deslocadas - incluindo Anne - foram impedidas de entrar em escolas estatais devido à sua fé. Até mesmo a crianças não Cristãs foi negada uma vaga por terem frequentado anteriormente uma escola Cristã.
A escola emergencial financiada pelo Barnabas está permitindo que as crianças recuperem as oportunidades de aprendizagem perdidas, com o objetivo de regressarem ao ensino regular quando possível.
Anne fez e passou nos exames para obtenção do diploma do ensino médio - que teve de adiar no ano passado porque não tinha escola para frequentar - como candidata independente. Agora, deve poder continuar a sua educação formal.
“Nós agradecemos muito a vocês”
Outro aluno, Abel, de nove anos, agradeceu aos apoiadores do Barnabas os donativos que financiaram a escola. "Não conheço [os nossos apoiadores]", disse ele, "mas devem ser Cristãos; é preciso ser Cristão para amar como Jesus".
E acrescentou: "O meu professor me disse que eles estão trabalhando em nome de Jesus para nos ajudar. Nós agradecemos a Ti. Obrigado, Jesus".
O Burkina Faso foi em tempos um bastião de tolerância religiosa onde a sua população, composta por cerca de 60% de Muçulmanos, 30% de Cristãos e 10% de seguidores da Religião Tradicional Africana, vivia em paz.
A revolta jihadista começou em 2015, quando extremistas Muçulmanos dos vizinhos Mali e Níger começaram a se deslocar para o Norte do Burkina Faso. Estima-se que cerca de 10.000 pessoas tenham sido mortas na violência e que 40% do país seja atualmente controlado por esses grupos jihadistas.
Ore pela Anne, pelo Abel e por todos os seus colegas de escola, pedindo a proteção do Senhor para eles. Ore pela paz para que todas as crianças Burkineonses possam retomar o ensino integral.
Project reference: PR1596