As partes em conflito no Sudão chegaram a um acordo de cessar-fogo de sete dias, que teve início na noite do dia 22 de maio, embora haja relatos de que os combates continuaram em algumas áreas .
O conflito entre militares Sudaneses e grupos paramilitares teve início no dia 15 de abril. Embora este conflito não seja especificamente de natureza anticristã, há vários relatos de ataques a igrejas e a líderes de igrejas neste país de maioria Muçulmana.
Um desses ataques foi realizado por homens armados mascarados que invadiram o prédio de uma igreja em Omdurmã, uma cidade situada na margem oposta do Rio Nilo à capital Cartum.
Um edifício de uma igreja em Cartum, a capital do Sudão [Crédito de imagem: Roman Deckert]
Os homens armados dispararam contra os líderes da igreja e outros crentes, ferindo gravemente cinco pessoas. Insultaram os Cristãos, chamando-lhes de infiéis e "filhos de cães", dizendo-lhes que se deviam se converter ao Islã.
O Sudão é governado pela sharia (lei Islâmica) desde 1983 e é um dos poucos países da atualidade onde a pena de morte por apostasia foi aplicada, em 1985, contra um teólogo Islâmico que havia defendido uma interpretação mais liberal do Alcorão.
Em 1994, dois Cristãos de um grupo tribal que haviam se convertido do Islã no início dos anos 70 foram executados por crucificação.
Recentes reformas implementadas por um governo de transição levaram esperança de que esses dias tivessem passado, mas em 2022 quatro Cristãos convertidos foram acusados de apostasia, apesar de a lei da apostasia ter sido formalmente abolida dois anos antes. Felizmente, o processo contra os quatro homens foi arquivado.
A recente violência revelou as atitudes Islâmicas que prevalecem no Sudão. Não admira que muitos crentes tenham fugido para se refugiarem em países vizinhos, como o Egito e o Sudão do Sul.
Temos que orar pelo fim da violência no Sudão, e orar também principalmente pelos Cristãos que continuam em risco.
"Eles precisam de comida, água e abrigo", diz o email de um líder de uma igreja no Sudão do Sul, pedindo ajuda para os refugiados. Por favor, veja o nosso recente apelo para os refugiados Cristãos Sudaneses no Sudão do Sul.
