Os jovens Cristãos da Escola Secundária Mpondwe Lhubiriha, no distrito de Kasese, região oeste de Uganda, estavam terminando o dia como de costume: cantando hinos de louvor.
Mas os sons de louvor se transformaram rapidamente em gritos de horror, quando Islâmicos do grupo jihadista Forças Democráticas Aliadas (ADF, da sigla em Inglês) invadiram o edifício da escola e atacaram os alunos com armas e facões.
Muitos foram mortos a tiro ou golpeados até a morte. Outros foram queimados vivos quando os jihadistas atiraram bombas de gasolina nos dormitórios.
Pelo menos 41 pessoas foram mortas, na sua maioria crianças em idade escolar, meninos e meninas na adolescência. A escola tem pouco mais de 60 alunos, a maioria dos quais vive no local. Outrtas oito pessoas ficaram gravemente feridas, enquanto outras seis foram sequestradas e obrigadas a ajudar a carregar alimentos que os Islâmicos roubaram da escola enquanto fugiam para a vizinha República Democrática do Congo (RDC).
Ao partirem, os terroristas foram ouvidos gritando "Allahu Akbar" ("Deus é o maior") - uma tradicional declaração de fé Islâmica.
Louvando a Deus pelo massacre de Cristãos
O massacre de crianças Cristãs em 16 de junho é apenas a mais recente atrocidade anticristã cometida por um movimento Islâmico que está florescendo em grande parte na África Subsaariana.
O ADF - que teve origem em Uganda, mas que atualmente opera sobretudo na RDC - jurou fidelidade ao Estado Islâmico (IS - também conhecido como ISIS, ISIL, Daesh, das siglas em Inglês) em 2019. Desde então, a jihadista ADF massacrou centenas de Cristãos no nordeste da RDC, principalmente na província de Quivu do Norte.
Outros focos da atividade Islâmica incluem a Nigéria e os países vizinhos da África Ocidental. Só no Cinturão Médio da Nigéria, os extremistas Islâmicos mataram mais de 1.500 dos nossos irmãos e irmãs só nos últimos 18 meses.
Outro exemplo é o nordeste de Moçambique, onde jihadistas afiliados ao Estado Islâmico mataram milhares de Cristãos - muitas vezes por decapitação - desde 2017, louvando explícitamente a Alláh em declarações nas redes sociais.
Em fevereiro de 2023, por exemplo, o Estado Islâmico de Moçambique ( ISM, da sigla em Inglês) informou que "os soldados do Califado (...) capturaram cinco Cristãos e os massacraram, louvado seja Deus".
“Montes de cadáveres de Cristãos”
Um relatório publicado recentemente pelo Middle East Media Research Institute (MEMRI, da sigla em Inglês) destaca a crescente violência Islâmica na África Subsariana, em grande parte dirigida aos Cristãos.
O ISM, por exemplo, celebrou em janeiro de 2022 a construção da sua província Islâmica "sobre montes de cadáveres de Cristãos e rios do seu sangue".
Embora o Estado Islâmico e o Al-Qaeda tenham sido derrotados no seu antigo reduto no Oriente Médio, estes grupos "encontraram novos pastos na África". O resultado é "uma campanha constante, lenta e contínua de genocídio" contra os Cristãos em locais como a RDC, Moçambique e Nigéria.
Os Islâmicoss seguem as mesmas táticas do Iraque e da Síria: assassinatos em massa, decapitações em estilo de execução, queima de edifícios de igrejas. Tudo isto é celebrado em publicações bem produzidas e campanhas nas redes sociais destinadas a atrair a próxima geração de terroristas Islâmicos sedentos de sangue.
Como é que devemos reagir perante esta terrível brutalidade exercida contra a nossa família Cristã? A melhor coisa que podemos fazer é orar, confiando que o Senhor continua no controle. Os Seus inimigos nunca sairão vitoriosos, mas os Seus filhos "brilharão como o sol no Reino do seu Pai" (Mateus 13.43).
"Foi um milagre encontrá-la amarrada à sua mãe morta, deitada no chão horas depois dos ataques." Veja o nosso recente apelo às vítimas Cristãs da violência na Nigéria.