O mundo condenou, com razão, a queima de um Alcorão, há dois meses, por um ativista ateu na Suécia.
Ações como esta - concebidas para causar dor e indignação em vez de promover uma discussão ou debate respeitoso - são repreensíveis.
Além disso, juntamente com a mágoa desnecessária causada aos nossos vizinhos Muçulmanos em todo o mundo, são na maioria das vezes as comunidades Cristãs em países de maioria Muçulmana que sofrem as consequências.
A raiva sentida com a queima do Alcorão contribuiu sem dúvida para alimentar os protestos anticristãos em Punjab, no Paquistão, em que pelo menos 22 edifícios de igrejas foram atacados - cinco dos quais foram queimados - e dezenas de casas de Cristãos foram incendiadas por extremistas.
Bíblias, hinários e outros livros Cristãos foram queimados pela multidão.
No entanto, a resposta do mundo às ações de um extremista ateu na Suécia e às ações de extremistas Islâmicos no Paquistão foi muito diferente.
No dia 21 de julho de 2023, por exemplo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido denunciou a queima do Alcorão, acrescentando: "Reconhecemos o profundo sofrimento sentido pelos Muçulmanos em todo o mundo causado pela queima do Alcorão".
No entanto, sobre o incêndio de edifícios de igrejas, casas de Cristãos e Bíblias, os governos Ocidentais permanecem em silêncio.
Isto apesar da condenação da violência anticristã por parte do próprio governo do Paquistão, de alguns outros países de maioria Muçulmana, como os Emirados Árabes Unidos, e da Comissão dos Direitos Humanos do Paquistão (HRCP, da sigla em Inglês).
O relatório da HRCP (que não é uma organização Cristã) foi claro ao afirmar que a violência da multidão era "parte de uma campanha mais vasta de ódio contra os Cristãos locais".
Neste momento, os Cristãos no Paquistão vivem temendo pelas suas vidas. Os nossos irmãos e irmãs em Alto Carabaque estão a morrer de fome, pois a sua terra está bloqueada pelo Azerbaijão, de maioria Muçulmana. A violência anticristã na África subsariana cresceu para níveis genocidas.
Por que o silêncio persiste?