“Tenho sofrido tanto que a minha vida está à beira da sepultura!” diz o Salmista. “Desde moço tenho sofrido… as trevas são a minha única companhia.” (Salmos 88.3,15,18).
“Todas as coisas trazem canseira,” declara o envelhecido Rei Salomão, “O homem não é capaz de descrevê-las” (Eclesiastes 1.8, NVI). “O homem nascido de mulher vive pouco tempo e passa por muitas dificuldades” declara Jó em seu desespero (Jó 14.1).
“Neste mundo” afirma o Senhor Jesus Cristo, “vocês terão aflições” (João 16.33).
Um prédio da igreja no norte da Síria destruído pelo terremoto [Crédito de Imagem: Kerk in Actie]
Nesta semana, estes versículos têm uma ressonância especial para as comunidades Cristãs do sudeste da Turquia e do norte da Síria, que estão entre as muitas vítimas de um terremoto de magnitude 7.8 que atingiu esta região no dia 6 de fevereiro.
O terremoto tem causado sofrimento a pessoas de todas as crenças e origens. Foram confirmadas quase 10.000 mortes. A modelagem sugere que o número total de mortes pode ser superior a 30.000. A Organização Mundial de Saúde estimou que 23 milhões de pessoas foram afetadas.
No entanto, para os nossos irmãos e irmãs Cristãos, o terremoto representa o último capítulo de uma história de sofrimento que dura há gerações.
Entre 1893 e 1923, cerca de 3,75 milhões de Cristãos foram mortos no genocídio Armênio, Assírio, Grego e Siríaco perpetrado pelo Império Otomano. Inúmeros outros sofreram abusos e traumas; milhões foram deslocados. Muitos destes Cristãos viveram na mesma área do sudeste da Turquia que foi atingida esta semana pelo terremoto. Muitos dos sobreviventes do genocídio fugiram para o norte da Síria e instalaram-se em Aleppo, criando ali uma comunidade Cristã substancial. Esta é a parte da Síria que mais foi devastada pelo terremoto.
Os Cristãos que permaneceram na Turquia após o genocídio têm sofrido continuamente perseguição e discriminação. Aqueles que fugiram para o norte da Síria sofreram mais de uma década de guerra civil, campanhas de bombardeamento pelas forças armadas Turcas, e o domínio despótico do Estado Islâmico (IS, ISIS, ISIL, Daesh, da sigla em Inglês), entre muitas outras dificuldades.
Quanto sofrimento pode uma comunidade suportar? No entanto, mesmo no meio de tanta escuridão, permanece o conforto de que o próprio Senhor entrou e compartilhou o sofrimento do Seu povo, emergindo vitorioso.
“Neste mundo vocês terão aflições,” Ele diz. “contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16.33).
Somos gratos a todos os apoiadores que contataram o Ajuda Barnabas para perguntar se podemos destinar doações para socorrer os Cristãos afetados por esta catástrofe. Sim, podemos. Por favor, veja nosso apelo.
