Homayoun Zhaveh e Sara Ahmadi foram detidos por pertencerem a uma "casa igreja" Iraniana em junho de 2019. Mais tarde foram condenados por razões de segurança nacional e começaram a cumprir penas de prisão de dois e oito anos, respectivamente, em agosto de 2022.
Ontem, porém, um tribunal de apelação de Teerã, capital do Irã, absolveu o casal Cristão. Eles foram libertados no mesmo dia.
O juiz do tribunal de apelação decidiu que não havia nada de suspeito nas atividades Cristãs de Homayoun e Sara. De acordo com o juiz, reunir-se com outros Cristãos era inteiramente "natural". Ter livros sobre o Cristianismo é apenas "uma extensão das suas crenças". Não havia "nenhuma prova" de que o casal constituísse uma ameaça para a segurança nacional.
"Os relatórios dos funcionários do Ministério da Inteligência sobre a organização de grupos domésticos para promover o Cristianismo, a adesão e a participação em grupos domésticos não são considerados atos contra a segurança do país e a lei não os reconheceu como atividade criminosa", acrescentou o juiz.
A absolvição é uma ótima notícia para Homayoun, que sofre da doença de Parkinson e para Sara. Também tem um significado mais abrangente.
Os Cristãos da maioria do Irã que falam Farsi (Persa) são tratados com muita hostilidade enquanto convertidos do Islã. A adoração em Farsi é proibida, assim como qualquer evangelismo Cristão. Frequentemente os Cristãos de língua Farsi são acusados de "atuar contra a segurança nacional" pelas suas atividades em "casas igreja" não oficiais - ou aquilo a que o juiz, na sua decisão, se referiu como "grupos domésticos".
No entanto, o juiz decidiu que ser membro de uma "igreja doméstica" - ou mesmo ajudar a dirigir uma "igreja doméstica" - não constitui qualquer ameaça à segurança nacional. Na sua opinião, a atividade da "igreja doméstica" não é uma atividade criminosa.
Além de agradecer pela libertação de Homayoun e Sara, devemos orar para que esta decisão seja um precedente que permita que mais Cristãos sejam libertados e evite que outros sejam alvo das autoridades.